segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Diretor comenta animação computadorizada de Astro Boy

O Imagi Animation Studios (do novo filme das Tartarugas Ninja) colocou em seu site uma entrevista com Colin Brady, diretor de Astro Boy, adaptação computadorizada da imortal criação de Osamu Tezuka (1928-1989).

"Ainda estamos na fase da criação do roteiro e do design. Temos uma premissa para a história que é bem sólida. Nossos animadores estão usando um modelo bruto de Astro Boy para ajudar a definir seus movimentos e sua personalidade", começou Brady.

O diretor comentou a fidelidade ao original: "No mangá, há uma série de idéias que seríamos tolos de jogar fora. Há temas trágicos e surpreendentemente sofisticados. E os conflitos de Astro entre a humanidade e a tecnologia são mais relevantes hoje do que nunca".

"Quero retratar um futuro absurdo, bacana. Será uma fantasia de ficção científica não muito sombria ou pesada, mas também não muito juvenil. O filme precisa ter coração, humor e, claro, um robô gigante atacando a cidade. Sou influenciado por [Hayao] Miyazaki, Terry Gilliam, Dr. Seuss e pelos robôs de brinquedo que ocupam as mesas dos artistas no escritório do Imagi Studios em Hong Kong. Minha geração é mais a de Speed Racer, mas sempre me intriguei pelo design de Astro. Cresci assistindo Godzilla, Space Giants, Speed Racer e Looney Tunes", emendou.

O mangá Astro Boy foi publicado continuamente, na revista Shonen Magazine, de 1963 até 1968. Depois, virou um dos primeiros desenhos animados da TV japonesa, com 193 episódios em preto-e-branco exibidos no Japão de 1963 a 1966. Também gerou um longa-metragem de animação para o cinema (1964) e outras duas séries de TV, uma em 1980 e outra em 2003, além de numerosas versões live-action.

A série mostra as aventuras da personagem-título, um menino-robô criado por um cientista depois da morte de seu filho natural em um acidente de carro. Ele tem como fonte de energia um reator nuclear dentro de seu corpo (daí o nome original - Tetsuwan Atomu -, que significa "Poderoso Átomo"), o qual lhe dá superpoderes. Porém, como o cientista percebe que seu filho não pode ser substituído por um robô, ele abandona o inocente Astro Boy. Algum tempo depois, o autômato é adotado por outro cientista, que ensina a ele o certo e o errado, e o herói passa a utilizar seus dons para ajudar a humanidade.

A Imagi quer colocá-lo nos cinemas em 2009.

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